sábado, 30 de abril de 2011
Um dia feito de vidro!
As novas TIC's, às vezes parece surreal. Você acredita no que vê no vídeo? Esta será a vida no futuro?
Patricia Helena
Estereótipo e Preconceito
Estereótipo, preconceito e discriminação são idéias e comportamento que negam humanidade àqueles e àquelas que são suas vítimas. A situação tem melhorado graças à atuação dos movimentos sociais e de políticas públicas específicas. E você? Como pode contribuir para a mudança?
Patrícia Helena
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Alfabeto em Libras
A linguagem dos sinais, é muito importante. Todos devemos aprender pelo ao menos a datilologia.
Eva Torres
Eva Torres
Para reflexão
"A educação modela as almas e recria os corações, ela é a alavanca das mudanças sociais". Paulo Freire.
Eva Torres
Eva Torres
quarta-feira, 27 de abril de 2011
A INTELIGÊNCIA E CRITIATIVIDADE DO NORDESTINO
BIG BROTHER BRASIL
Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
Eva Torres
domingo, 24 de abril de 2011
Pedagogia da Autonomia
A educação no Brasil como está acontecendo, é contraditória as idéias de Paulo Freire. Ela está mais para o sustentáculo de interesses estrangeiros, base do poder político e econômico atrelado à globalização que é uma das formas mais fatídicas de exclusão, que visa somente o lucro, o poder, o aumento desenfreado do capital.
Mesmo assim, não podemos perder a capacidade de sonhar em educação. Mesmo não sendo a mola das transformações sociais, a educação é um espaço privilegiado de aprendizado e vivência da cidadania. Na alegoria do palco, podemos dizer que a escola prepara os atores, os cenógrafos, os figurinistas, todos aqueles que vão “trabalhar” na peça. É também um lugar de reflexão sobre os rumos da novela e da construção de novos significados, novas tramas.
Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém. Paulo Freire
Patrícia Helena
O Criador de Idéias, O Educador
Durante mais de 15 anos, entre as décadas de 1950 e 1960, Paulo Freire dedicou-se às experiências no campo da educação de adultos em áreas proletárias e subproletárias, urbanas e rurais, em Pernambuco. Seu método de alfabetização nasceu dentro do MCP – Movimento de Cultura Popular do Recife – a partir dos Círculos de Cultura, onde os participantes definiam as temáticas junto com os educadores. Nesses grupos populares, ele identificou resultados tão positivos que passou a se questionar se não seria possível fazer o mesmo em uma experiência de alfabetização.
A educação como prática da liberdade é concebida dentro de um contexto em que o processo de desenvolvimento econômico e o movimento de superação da cultura colonial nas "socidades em trânsito" que se define pela sociedade sem democracia para uma sociedade em processo de democratização, do ponto de vista do oprimido, na construção de uma sociedade democrática. Freire acredita que a educação tem papel imprescindível no processo de conscientização e nos movimentos de massas. Por considerá-la desafiadora e transformadora, mostra que para alcançá-la são imprescindíveis o diálogo crítico, a fala e a convivência. Educador e educando se movimentam no mesmo cenário, mas as diferenças entre eles acontecem “numa relação em que a liberdade do educando não é proibida de exercer-se”. Essa opção não é, apenas, pedagógica, mas sobretudo, política, o que faz do educador um político e um artista, jamais neutro.
Na sua concepção, a educação é um momento do processo de humanização, um ato político, de conhecimento e de criação. Portanto, educação implica no ato do conhecer entre sujeitos conhecedores, e conscientização é ao mesmo tempo uma possibilidade lógica e um processo histórico ligando teoria com práxis numa unidade indissolúvel.
“A conscientização é um compromisso histórico (...), implica que os homens assumam seu papel de sujeitos que fazem e refazem o mundo. Exige que os homens criem sua existência com um material que a vida lhes oferece (...), está baseada na relação consciência-mundo".
(Paulo Freire, Educação como prática da liberdade, 1966.)
Paulo Freire revelou ao mundo uma educação para além da sala de aula, da educação formal, capaz não só de ensinar conteúdos e comportamentos socialmente esperados e aceitos, mas também capaz de conscientizar a todos e a todas. Mais objetivamente pensou nos jovens e adultos trabalhadores, homens do campo e da cidade para abrir-lhes a possibilidade de enfrentarem a opressão e as injustiças.
Características conceituais da concepção educacional de Paulo Freire (com base na análise de Carlos Alberto Torres no livro Paulo Freire: Uma Biografia Intelectual).
• “Interpretar o desenvolvimento da consciência humana e seu relacionamento com a realidade, permitindo que o educando a transforme com sua prática.
• A educação não é uma questão pedagógica. Ao contrário, é uma questão política. Pedagogia crítica, como uma práxis cultural, contribui para revelar a ideologia encoberta na consciência das pessoas.
• A pedagogia do oprimido é designada como um instrumento de colaboração pedagógica e política na organização das classes sociais subordinadas;
• A especificidade da sua proposta é a noção de consciência crítica como conhecimento e práxis de classe.
• Em termos educacionais, sua concepção é uma proposta anti-autoritária, na qual professores e alunos ensinam e aprendem juntos. Partindo-se do princípio que educação é um ato de saber, professor-aluno e aluno-professor devem engajar-se num diálogo permanente caracterizado por seu ‘relacionamento horizontal’. Esse é um processo que toma lugar não na sala de aula, mas num círculo cultural.”
Algumas palavras próprias da pedagogia de Paulo Freire:
Amorosidade – Para Freire, a “educação é um ato de amor”, sentimento em que homens e mulheres vêem-se como seres inacabados e, portanto, receptivos para aprender.
Cultura – Para Freire, “cultura é tudo o que é criado pelo homem. É o resultado do seu trabalho, do seu esforço criador e recriador (...).”
Curiosidade – A curiosidade alimenta o desejo de saber mais. Ela causa inquietação, insatisfação desencadeando a busca pelo conhecimento. "Não é a curiosidade espontânea que viabiliza a tomada de distância epistemológica. Essa tarefa cabe à curiosidade epistemológica – superando a curiosidade ingênua, ela se faz mais metodicamente rigorosa. Essa rigorosidade metódica é que faz a passagem do conhecimento ao nível do senso comum para o conhecimento científico. Não é o conhecimento científico que é rigoroso. A rigorosidade se acha no método de aproximação do objeto." (FREIRE, P. À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2ª edição, 1995, p. 78.)
Diálogo – “O diálogo aproxima os homens entre si e do mundo em que vivem. É capaz de transformá-lo e, transformando-o, o humaniza para a humanização de todos.”
Leitura do mundo – Ler o mundo é aproximar-se criticamente da realidade. A leitura de mundo possibilita a análise crítica da realidade e a sua compreensão.
Política – A educação, na perspectiva da prática da liberdade, é um ato político. Não existe educação neutra. Na concepção de Freire, política é o conjunto de opiniões e/ou simpatias de uma pessoa com relação à sua realidade e sua capacidade de transformá-la.
Mais informações você encontra no link abaixo:
Patrícia Helena
As políticas voltadas à informática e Educação, voltam-se a metas de inclusão digital e social. Você acredita que os programas gorvenamentais chegam as bases? O que pensa nesse sentido?
Em um breve resumo.
As políticas públicas existem, porém nem sempre estão voltadas para a inclusão digital e social. Na maioria das vezes estão é excluindo, pois com o grande avanço tecnológico, avanço de informação, há o aumento das desigualdades sociais, pois num país onde o índice de analfabetismo chega a ser alarmante, a educação é precária, o Estado se esquiva de suas obrigações e funções quanto a educação, imaginem se existe uma inclusão digital. Os programas existem, são vários como: Casa Brasil; CDTC – Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento; Centros de Inclusão Digital; GESAC; Programa Banda Larga nas Escolas; Computadores para Todos; Observatório Nacional de Inclusão Digital; e outros, todos apoiados pelo Governo Federal, porém em sua maioria estão em função da economia, visando apenas o crescimento econômico. Penso que primeiro deveria existir uma inclusão educacional, para erradicar o analfabetismo no Brasil, para em seguida haver uma inclusão digital propriamente dita, para que houvesse uma equidade social.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
As Políticas voltadas à Informática e Educação, voltam-se a metas de Inclusão Digital e Social. Você acredita que os programas governamentais chegam as bases? O que pensar nesse sentido?
Considerando uma ferramenta estratégica para formação da cidadania e uma melhor inclusão de jovens na sociedade, as TICs (Tecnologias de Informática e Comunicações), assume um papel importante na educação profissional, não só pelo desenvolvimento da estrutura sócio/econômica, mas, principalmente, porque simboliza uma associação entre trabalho e vida. Embora apropriar-se de conhecimentos e desenvolver competências represente uma visão contraditória na atualidade e confunde o sentido de cidadania, a educação está a serviço, ora para construir um cidadão produtivo, ora um cidadão transformador, tornando-se complexo o discurso educacional para muitos, pois a educação se configura de forma dicotômica e sucinta inúmeros questionamentos.
O ensino profissionalizante encontra-se no território nacional desde a década de 1930, e intensificam-se durante os anos de 1956 a 1961, com o processo de industrialização, tendo por finalidade capacitar às camadas populares para a formação de mão-de-obra para a indústria emergente. Sob a inspiração da Teoria do Capital Humano, surge a idéia de profissionalização do ensino secundário numa concepção unicamente tecnicista de formação de mão-de-obra qualificada e indispensável ao desenvolvimento das indústrias nascentes. A evolução científica e tecnológica trouxe transformações para o processo de produção, conseqüentemente influenciando a organização da vida em sociedade, acelerando o crescimento das economias em processo de intercomunicação e interdependência com o Capital, impulsionando a economia para uma integração ao mercado mundial. Assim, aparece um novo contexto para as relações de mercado, situando-as como relações globalizadas que trazem a competitividade e obrigatoriedade da revisão e introdução de outras formas nos processos de produção e comercialização e não mais cabia neste cenário o modelo produtivo fordista/taylorista configurado em operações elementares que não requeriam um nível de escolarização mais aprofundada, neste modelo de produção em série e padronizada, a educação dos operários era ínfima e limitava-se ao treinamento para a produção.
Segundo RICHARDSON (1998), no Brasil, as idéias de Schultz inspiraram inúmeros atores vinculados aos governos militares pós-64. Neste período predominou a idéia de que, através de políticas educacionais impostas de forma tecnocrática, seria possível promover o desenvolvimento econômico. Assim, justificando o ideário político da época em sua formulação sistemática de uma educação voltada para a formação de “capital humano”, produtora de capacidade de trabalho, potenciadora do fator trabalho, sendo um investimento como qualquer outro. “As inovações tecnológicas, longe de serem variáveis independentes, um poder fetichizado autônomo, estão associadas às relações de poder político-econômico e, portanto, responde à demanda destas relações. Em seguida cabe mostrar que o ajuste neoliberal se manifesta no campo educativo e da qualificação por um revisitar e “rejuvenescer” a teoria do capital humano, com rosto agora mais social.” (RICHARDSON, 1998, p.150).
Para alguns autores, o sistema educacional é um reflexo da reprodução da divisão capitalista do trabalho, sendo esta organização em muitos aspectos, uma réplica das relações de dominação e submissão do mundo econômico, tendo por fundamento básico que a educação e o treinamento são criadores de capacitação para o trabalho e mascara a desigualdade social, sob o signo do qual a concepção fundante da educação é de competência de cada um à medida que se investe em educação se tem ou se cria oportunidades individuais, desde que se invista em capacitações.
Com a Lei de Diretrizes e Bases - LDB (9394/96) é definida uma nova noção para o gerenciamento da educação, sendo reformulado o currículo escolar até então em vigor, passando a organização educacional a ser gerida sob a noção de competências. Esta mudança possibilitou o ensino médio passar a fazer parte da educação básica, o então ensino técnico desvinculou-se do ensino médio e integrou-se às diferentes formas de educação, e assim, destinou-se à preparação básica para o trabalho e a cidadania, possibilitando cursos específicos que habilitam para uma profissão técnica ou para postos de trabalhos definidos, em escolas técnicas.
Esta autonomia dada às escolas através de projetos pedagógicos próprios estabeleceu uma educação profissional articulada com o ensino regular e ou por formas diversificadas de educação continuada, onde a lei converte a “unitariedade” do ensino em problema pedagógico de viés ideológico, que atende aos interesses da burguesia neoliberal, portanto, capitalista.
Por exigência do pensamento neoliberal, a educação profissional passou a substituir a formação profissionalizante do trabalho para o gerenciamento das competências, gerando um novo profissionalismo, embasado numa pedagogia ancorada na formação por competências, habilidades e adaptação a nova demanda do mercado empresarial, cuja dinâmica pressupõe a capacidade para a mobilidade entre diferentes ocupações visando à empregabilidade, onde o trabalhador vende suas competências através de salários obtidos pela produtividade.
Com o advento da globalização do capital e as novas tecnologias da informação, as estruturas organizacionais das empresas passaram a requerer uma flexibilização do profissional a cada dia mais aprimorada, maleável e adaptada ao mercado consumidor, de forma que a educação deste profissional tem de ser continuada, senão estará fadado a se tornar obsoleto. Neste contexto, a educação é a grande chave, pois nos molda de maneira que aceitemos tudo isso de boa vontade em extrema contradição ao real sentido básico e fundamental da educação, que deveria ser uma formação política, social, humanística e não só formação de mão-de-obra para suprir a demanda do mercado.
O termo “inclusão digital”, de tão usado, tornou-se palavra recorrente. É fato que existem programas governamentais voltados para esta área, mas, de acordo com o estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existe 14.140.984 de analfabetos no Brasil, este levantamento foi efetivado com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), por si só mostra um contingente que não tem acesso a estes programas, diante desta estatística, é fácil perceber que a clientela destinada está fora da esfera pública para qual os programas foram criados.
Colocar computadores na mão das pessoas ou vendê–lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. É preciso ensiná–las a utilizá–lo em benefício próprio e coletivo. Incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Muita gente acha que incluir digitalmente é colocar computadores na frente das pessoas e apenas ensiná–las a usar Windows e pacotes de escritório. Esta interpretação equivocada tende a propagar cenários surreais da chamada inclusão digital, como é o caso de comunidades ou escolas que recebem computadores novinhos, mas que nunca são utilizados porque não há linha telefônica para conectar a internet ou porque faltam professores qualificados para repassar o conhecimento necessário.
Diante disto, o professor/educador é peça chave do processo ensino/aprendizagem, devendo repensar o seu papel quando confrontado com o atual contexto sócio-histórico-cultural e as novas tecnologias no ambiente educacional, pois a construção do conhecimento está sendo influenciado para além das informações ministradas em sala de aula. Assim, o professor não será um repassador de informações, mas, um guia que ajude os alunos a navegar em mundo de recursos intelectuais ilimitados. “Saber ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção”. (FREIRE, 1996.)
No Brasil, a estrutura do trabalho baseado no modelo de educação tecnicista é útil para o desenvolvimento econômico do país, tendo-se em vista o projeto neoliberal para a educação, mas um país não se desenvolve só pela força do trabalho ou contingente de trabalhadores técnicos “a moda” do fordismo, taylorismo, toyotismo ou mesmo acumulação flexível de uma educação continuada voltada e conformada para o mercado do capital, é preciso uma educação baseada nas Ciências Humanas que leve o trabalhador a conscientização de sua humanidade, numa atitude crítica, política diante da vida de relação com a sociedade em que está inserido, visando à liberdade e valorização dos direitos inalienáveis do ser humano enquanto sujeito de direitos.
Pode-se afirmar que as reformas no ensino brasileiro se deram para adequar o país à nova forma de produção e consumo sob a ofensiva neoliberal no campo educacional.
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessário à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996.
http://www.ipea.gov.br
Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. In: Diário Oficial da União de 23 de dezembro de 1996.
RICHARDSON, Roberto Jarry. A escola do século XXI. Artigo apresentado no Fórum de Debates sobre as Políticas e as Reformas Educacionais - UESC/BA, 1998.
MANFREDI, Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
Patrícia Helena
Patrícia Helena
terça-feira, 19 de abril de 2011
Vida Maria
“Vida Maria” é um curta-metragem em 3D, lançado no ano de 2006, produzido pelo animador gráfico Márcio Ramos, que venceu inúmeros festivais nacionais e internacionais no ano de seu lançamento. Com apenas nove minutos de exibição, o curta denuncia a ausência de escolarização e as condições precárias de vida de várias gerações de mulheres do sertão cearense. A animação acompanha a rotina da personagem “Maria José”, uma menina que se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos.
“Maria José” é apenas mais uma Maria que deixou de lado os estudos e se dedicou a casa, ao marido e aos filhos, vivendo em estado de auto-anulação, onde sua vontade e seus sonhos não ultrapassam a cerca da casa onde vive. O filme de Márcio Ramos explora as limitações e a falta de perspectiva que essas mulheres enfrentam durante toda a sua vida, se repetindo por diversas gerações.
Mais que isso, “Vida Maria” transborda os limites do sertão, aproximando-se também das mulheres pobres urbanas, que da mesma forma que “Maria José” vive a mercê do marido, cuidando da casa e dos filhos.
“A diversidade, devidamente reconhecida, é um recurso social dotado de alta potencialidade pedagógica e libertadora. A sua valorização é indispensável para o desenvolvimento e a inclusão de todos os indivíduos”.
Patrícia Helena
Patrícia Helena
domingo, 17 de abril de 2011
Rubem Alves
“Pensa-se, comumente, que a tarefa de um político é administrar o país: pôr a casa em ordem, construir coisas novas, consertar coisas velhas, cuidar das finanças, da saúde, da segurança, da justiça, dos meios de comunicação, incluída, inclusive, a administração dos meios de escolarização existentes, coisa sob a responsabilidade do ministério da educação. Discordo. Existe uma diferença qualitativa entre aquilo que fazem os ministérios administrativos e aquilo que o ministério da educação deve fazer. A diferença entre eles é simples. Os ministérios administrativos cuidam do hardware do país. Eles lidam com a ‘musculatura’ nacional. O ministério da educação tem a seu cuidado o software do país. Ele cuida da ‘inteligência’ nacional. Seu objetivo é fazer o povo pensar. Porque um país – ao contrário do que me ensinaram na escola – não se faz com as coisas físicas que se encontram em seu território, mas com os pensamentos de seu povo”.
Rubem Alves
Patrícia Helena
Educação Inclusiva?
Apesar do discurso e das políticas em favor da educação inclusiva, o ingresso e a permanência de alunos surdos tem sido um grande desafio. O número de pessoas surdas no Brasil, de acordo com o último censo é de 166.400, sendo 80.000 mulheres e 86.400 homens. Segundo o Ministério da Educação, através de Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, existem apenas 58.365 em processo de escolarização. Destes, 56.024 surdos estão matriculados na educação básica; 2.041 cursam o ensino médio e somente 300 surdos são universitários. Na Universidade Federal da Paraíba, apenas 01 aluna surda foi aprovada no penúltimo Processo Seletivo Simplificado, e no último processo nenhum surdo obteve êxito.
Pergunto: O que podemos fazer para transformar para melhor esta estatística?
Patrícia Helena
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Sou criança aos 50!
Os anos passam
as rugas aparecem
a disposição diminui
a responsabilidade aumenta
mas, meu espírito continua
a mesma criança.
Fui abençoada pela mãe NATUREZA
que conserva em mim esta eterna beleza.
Tenho um mundo só meu...?
sem preconceitos, sem censuras e sem leis.
Sou criança por não ter maldade
Sou criança por fugir da realidade
Sou criança por entender crianças
Sou criança por conservar a esperança.
Sou criança e gosto de ser
Qualidade que bem poucos conseguem ter
Sou criança e gosto de ser!
Patrícia Helena
as rugas aparecem
a disposição diminui
a responsabilidade aumenta
mas, meu espírito continua
a mesma criança.
Fui abençoada pela mãe NATUREZA
que conserva em mim esta eterna beleza.
Tenho um mundo só meu...?
sem preconceitos, sem censuras e sem leis.
Sou criança por não ter maldade
Sou criança por fugir da realidade
Sou criança por entender crianças
Sou criança por conservar a esperança.
Sou criança e gosto de ser
Qualidade que bem poucos conseguem ter
Sou criança e gosto de ser!
Patrícia Helena
O PROGRAMA NACIONAL DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO - PROINFO
O Programa Nacional de Informática na Educação - ProInfo, é um programa educacional, foi criado em 9 de abril de 1997, pelo Ministério da Educação - MEC, por meio da Portaria nº 522/MEC.
Tem como objetivo promover o uso pedagógico de Tecnologias de Informática e Comunicações (TICs) na rede pública de ensino fundamental e médio.
As ações do Programa são desenvolvidas pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais.
O programa fornece computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais, às escolas. E cabem as prefeituras e governos estaduais garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.
Para fazer parte do ProInfo Urbano e/ou Rural, o município ou o estado deve seguir três passos: a Adesão, o Cadastro e a Seleção das escolas.
A partir de 12 de dezembro de 2007, mediante a criação do decreto n° 6.300, o ProInfo passou a ser Programa Nacional de Tecnologia Educacional, tendo como principal objetivo promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas de educação básica.
O programa contempla ações de formação que contribuem para dinamizar os processos de ensino e de aprendizagem, desenvolver potencialidades, habilidades e conhecimentos específicos.
Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais.
Oferece diversos cursos para professores e gestores das escolas públicas contempladas ou não com laboratórios de informática pelo ProInfo, técnicos e outros agentes educacionais dos sistemas de ensino responsáveis pelas escolas.
O Governo Federal executa e apóia ações de inclusão digital por meio de diversos programas e órgãos. Alguns deles:
Casa Brasil;
CDTC – Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento;
Centros de Inclusão Digital;
GESAC;
Programa Banda Larga nas Escolas;
Computadores para Todos;
Observatório Nacional de Inclusão Digital;
e outros.
Você poderá ver esses e outros programas na página:
http://www.inclusaodigital.gov.br/outros-programas#gesac-governo-eletronico-servico-de-atendimento-ao-cidadao
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